Arquicast 018 – CAU e IAB: O que são e o que fazem

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    Neste episódio, Adilson (@adilsonlamaral), Rapha (@_rapha) e Aline Cruz (@alinecruz) convidam o arquiteto Mauro Campello (@mauro.campello) para debater sobre as responsabilidades e atribuições das duas instituições (CAU e IAB) presentes no dia a dia dos arquitetos e como cada uma delas contribui para o ensino, a fiscalização e a profissão como um todo.


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    5 comentários em “Arquicast 018 – CAU e IAB: O que são e o que fazem”

    1. Eu ainda fico um pouco frustrado em ouvir a gente (nós arquitetos) falando do IAB.
      Acompanho com certo interesse as atividades do instituto, ainda que com um olhar um tanto distanciado. Fiz duas iniciações cientificas sobre os prêmios IAB, que acontecem periodicamente já a mais de 30 anos.
      Escutei ao longo da conversa os termos “criar um Clima” e “Lúdico” ao descreverem as atribuições de nossa principal instituição. Me espanta ouvir isso e acredito que não seja muito encorajador contribuir com uma instituição que se vê desta forma. Afinal, há diferenças consideráveis entre um clube e uma associação de classe!
      Apesar disso, estou com animado em relação à nova diretoria e reconheço o trabalha da última gestão de José Armênio. Para mim, a atuação dele junto ao Ministério da Cultura e inclusão da arquitetura na Lei Rouanet foi um passo significativo. Além disso, a X Bienal de Arquitetura de SP foi um milagre!
      No entanto, não se pode dizer o mesmo do fiasco que foi (ou está sendo, ou que não foi) a XXI.
      Perdemos a capacidade de “lavarmos essa roupa suja” publicamente. Ficamos com pudor de fazer críticas.
      Acompanho a atividade de Associações, Ordens e Institutos estrangeiros de arquitetos e não vejo o IAB fazendo esse tipo de balanço.
      Quanto à relação CAU e IAB, achei o concurso para a sede conjunta em Brasília uma afronta (no mínimo uma ousadia juvenil ingênua) para a sociedade e para a classe. Na minha opinião, essa atitude de aproximação (em que justo o sindicato fica de fora), exprime uma proximidade promiscua. Os “livre” associados do IAB serão igualmente fiscalizados pelo CAU? As demais associações ficam subjugadas por essa proximidade?
      Temos dificuldade de entender uma operatividade sistêmica da classe. Somos uma profissão que manteve coesa várias atividades distintas, ensino, produção intelectual, prática de projeto, elaboração de políticas públicas. Essas atividades são simultâneas, dizem respeito ao conhecimento arquitetônico, mas são também conflitantes.
      Precisamos construir essa teia de diferenças e potencializar nossas ações tendo em vista estas diferenças. (gostei muito da pergunta sobre a RT de ensino! Espero poder oficializar isso quando iniciar minha carreira docente).
      Temos que revisar a ideia hegemônica do arquiteto projetista e repensar a abrangência da disciplina.

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      • Olá, Frederico!
        Obrigada por nos acompanhar e por contribuir com os comentários!
        Vou me permitir ir por partes para tentar ampliar o debate com a devida atenção aos temas que coloca.
        Com relação aos comentários feitos por mim e que lhe causaram, para minha infelicidade, certo desânimo, o que posso dizer é que me referia muito específicamente aos desafios da diretoria do IAB-Núcleo Juiz de Fora, do qual faço parte. Como foi comentado no cast, apesar de termos 18 anos de Instituto na cidade e apesar dos mais de 600 profissionais em atuação no mercado juizforano, a participação da classe é, atualmente, muito baixa. Para além de criticar os profissionais que não participam do IAB ou de outra organização de classe, estamos procurando entender como o IAB pode contribuir para inverter esse quadro. E acreditamos que parte da solução passa por uma melhor comunicação do IAB-JF com estes profissionais e, principalmente, com os futuros arquitetos, ainda em formação. Neste sentido, o “criar um clima” seria justamente criar o ambiente mais favorável para que este diálogo volte a acontecer de forma profícua e participativa; conseguir conversar tanto com arquitetos já experientes, quanto com os jovens, em suas diferentes abordagens. Mais uma vez, reforço que falo pela experiência em nossa cidade e desta gestão, particularmente.
        As diferentes atividades que fazem parte da disciplina arquitetônica e urbanística, de fato, colocam desafios à “construção de uma teia de ações” coerente e, acima de tudo, ética para com todos os ramos de atuação de nossa prática profissional. Mas, entendemos, essa construção passa diretamente pelo ensino do arquiteto, pelo reconhecimento, em sua formação, da sua responsabilidade cívica e técnica para com a sociedade e com a classe. A revisão do papel do arquiteto, quais habilidades precisa desenvolver para auxiliar a atual realidade, são preocupações fundamentais do Instituto que precisam ser desenvolvidas também junto aos centros de formação, aos educadores, aos alunos, além do debate já existente entre os profissionais que estão no mercado.
        Entendemos ainda que, não é por terem finalidades diferentes que CAU, IAB e Sindicato não possam dialogar e trabalhar juntos em prol da valorização da profissão para a sociedade. O CAU tem um papel de informar e resguardar a sociedade quanto ao trabalho do arquiteto e, por isso mesmo, precisa se comunicar de forma direta e clara com a sociedade civil. Neste sentido é que acreditamos haver uma convergência de interesses destas diferentes organizações.
        No mais, se passamos a impressão mínima de que não levamos a sério o papel do Instituto, ou que uma das suas finalidades seja a de “entreter” seus afiliados, falha nossa! Espero ter esclarecido alguns pontos e continuamos abertos à sugestões, comentários, críticas e qualquer contribuição que enriqueça nossa experiência! Obrigada! Att, Aline Cruz

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    2. Olá Aline,

      Obrigado pela resposta. Seu empenho, bem como minhas críticas, demonstram nosso interesse comum em fortalecer as nossas instituições, nossa profissão e a atividade da arquitetura em geral.
      Esclareço que minhas críticas não se dirigem pessoalmente a você ou diretamente aos termos que eu mencionei, mas ao pensamento geral que nos leva a pensar dessa forma ou mesmo que condicionam as baixas taxas de adesão ao IAB, como você mencionou.

      Como eu disse, eu discordo, ou desconfio, da convergência de interesses entre as instâncias de classe, mas tenho ciência de que vários colegas não pensam assim e, de certo modo, sou voto vencido. Concordo, no entanto, que todas elas zelam pela boa qualidade da prática profissional, seja em termos de valor de legitimação (Associação), de garantia de atuação ética e correta (Conselho) ou de condições justas de trabalho. Entendo, portanto, que alguns destes atributos são conflitantes entre si em alguns momento, apesar de convergirem como objetivo.
      Para mim isso esclarece um pouco as dificuldade que temos, como classe, de discutirmos francamente nossos desafios, apesar dos nossos momentos de convivência agradável e cordial.

      Parabéns e obrigado mais uma vez ao podcast por proporcionar esses debates.

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