Arquicast 230 – Novos tempos para a arquitetura

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Esse é o Arquicast 230, e vamos discutir uma matéria publicada na revista Dezeen, especificamente uma entrevista com o crítico de arquitetura Paul Goldberger. Nela, o escritor fala sobre como a crítica mudou de uns anos pra cá, coincidindo com a transição da mídia física para a digital. E como o próprio meio da arquitetura também mudou, com novas prioridades. O objetivo é passar por alguns pontos da entrevista e opinar a respeito. Será que concordamos com Paul Goldberger? Será que ele está errado? Vamos estabelecer a verdade definitiva com nossos monóculos e bigodes que fazem aquela curvinha aqui e agora!

Participantes

Adilson Amaral

Adilson Amaral

Co-fundador do ARQUICAST, o Podcast de Arquitetura e Urbanismo. Arquiteto e mestre em Urbanismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atua como professor do Centro Universitário UniAcademia e como arquiteto autônomo na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. Com experiência nas áreas de projeto de arquitetura e ArchViz (Visualização Arquitetônica), viu no podcast uma ferramenta poderosa na discussão e compartilhamento de conhecimento na área, para alcançar profissionais e curiosos sobre arquitetura e espaço urbano.

Caio Smolarek Dias

Caio Smolarek Dias

Fundador do Studio CSD. Arquiteto e Urbanista, mestre em Urban Landscape pela Politecnico di Milano. Foi professor de disciplinas de projeto em curso superior de Arquitetura e Urbanismo. É coautor do livro “Cascavel: um espaço no tempo: a história do planejamento urbano”. É membro titular da Câmara Técnica de Meio Ambiente do CAU-PR. Membro do Núcleo Oeste Paraná do IAB. Vice presidente da Associação de Micro Empresas e Empresas de Pequeno Porte do Oeste do Paraná – AMIC. Coordenador da câmara técnica de Urbanismo e Meio Ambiente para o Conselho de Desenvolvimento Sustentável de Cascavel. Idealizador e sócio fundador do portal Projetar.org para concursos de projetos para estudantes de arquitetura. Foi premiado com o 4º lugar no concurso italiano para a Paróquia de San Filippo Neri; com o 3º premio no concurso Tidelli para mobiliário externo. Finalista no concurso para o Novo Museu da Bauhaus em Dessau, Alemanha. Foi membro, pela Politecnico di Milano, da equipe que realizou a mostra Brasilia: uma utopia realizada, exibida na Triennale di Milano.

Guga (Gustavo Novaes)

Guga (Gustavo Novaes)

Amante da Arquitetura, entusiasta na área de Gestão, Tecnologia e em projetos de expansão empresarial. Trajetória profissional desenvolvida na área de Arquitetura e Coordenação de Projetos e Obras, com atuação multidisciplinar e ampla experiência em desenvolvimento de métodos, tecnologias e processos.

1 comentário em “Arquicast 230 – Novos tempos para a arquitetura”

  1. oi, gente, tudo bem?

    de que crítica exatamente estamos falando? o tom geral do programa foi o de que há uma distância da crítica a uma série de práticas e fenômenos contemporâneos — e isto até pode ser o caso, mas que crítica exatamente é esta no brasil?

    não é como se estivéssemos nos anos 80/90 quando críticas como otília arantes e sofia telles escreviam ensaios críticos em periódicos profissionais, como as revistas Projeto e AU. Nem estamos mais nos anos 2000 e 2010 quando críticos como guilherme wisnik e fernando serapião escreviam pra Folha ou pra Piauí, atingindo um público mais amplo. A sensação é de total esvaziamento crítico em qualquer desses veículos — e nas redes sociais o esvaziamento é ainda mais intenso, pois até se pode falar muito de arquitetura, mas isso não é necessariamente atividade “crítica”. Quando muito, temos o trabalho de alguns youtubers ultra-neoliberais que vivem em uma são paulo nas alturas promovendo terraplanismo crítico e historiográfico.

    finalmente, queria apontar o enorme desconforto com o ethos neoliberal geral que caracterizou esse programa. Dizer que um pobre brasileiro hoje vive melhor que um rei da europa medieval é demonstrar imensa ignorância tanto com o estado do capitalismo contemporâneo quanto com o mínimo de conhecimento historiográfico — e pra completar ainda veio essa bobagem de que não se tomava banho na idade média. Tudo isso é puro terraplanismo: terraplanismo historiográfico, antropológico e sociológico. Esse é só um dos problemas do programa: há uma série de outros mitos repetidos ao longo da conversa, como por exemplo o de que a construção de novos empreendimentos colabora com a redução do déficit habitacional por aumentar a oferta de moradias (todo mundo que estuda planejamento urbano no país aponta justamente para o contrário), entre outras coisas. Ou a ideia de que o aumento de emissão de gases poluentes esteja atrelada ao aumento da qualidade de vida e não à aceleração da exploração capitalista (e, portanto, do aumento da miséria, como aponta a boa literatura sobre o assunto).

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