
O último episódio do ano é sobre um filme de 1967, de um cineasta que soube melhor do que ninguém traduzir o que a vanguarda da arquitetura e da cidade da sua época tinha de melhor e pior. Para arquitetos e urbanistas, o filme funciona como um ensaio visual profundo sobre as promessas e as falhas do modernismo tardio, onde o aço, o vidro e o concreto moldam uma coreografia de alienação, mas também de uma comédia sutil e puramente espacial. O diretor Jacques Tati nos convida a observar como a arquitetura do Estilo Internacional dita o comportamento humano, transformando a metrópole em uma grade rígida que, ironicamente, é constantemente subvertida pelo erro e pelo acaso. “Playtime”, de Jacques Tati.
Participam:
Janaína Pereira é Jornalista e publicitária. Especializada em cultura – principalmente cinema – e gastronomia. Desde 2009, cobre os principais festivais da sétima arte, como Veneza, Cannes, San Sebastian, Berlim, Rio e a Mostra Internacional de São Paulo.
Gustavo Novaes é arquiteto, urbanista e engenheiro, com 15 anos de experiência na área de arquitetura e engenharia hospitalar, como hospitais, clínicas e centros de diagnóstico.
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