Arquicast 083 – Entrevista: Bacco Arquitetos

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    Participam: Marcelo Barbosa | Bacco Arquitetos (lattes), Adilson Amaral (@adilsonamaral) e Guga (@gooogla).

    Já está no ar mais um episódio Arquicast Entrevista. Nesta série sempre convidamos um ou mais representantes de um escritório de referência. Esta semana foi a vez do Bacco Arquitetos Associados. Há 25 anos no mercado, eles se intitulam como um escritório pluridisciplinar que procura equilibrar o lado empresarial com a atmosfera de ateliê no cotidiano do escritório, onde não faltam espaços para discussões e a reflexão crítica. Atuam com uma gama diversificada de tipologias,abrangendo de centros logísticos à edifícios residenciais e industriais.

    Suas obras são objeto de publicações em revistas especializadas e duas delas fazem parte do acervo permanente do Centre Georges Pompidou em Paris: as Estações de Transferência do Sistema de Corredores de Ônibus da cidade de São Paulo e o Residencial Pedro Facchini, projeto habitacional da Cohab. Marcelo Barbosa, sócio do escritório, doutor em urbanismo pela FAU/Mackenzie e professor na mesma faculdade, foi quem conversou com a gente sobre essa experiência. Além dele, participou também arquiteto Gustavo Novais.

    Nesta conversa Marcelo pode falar um pouco sobre o ambiente de trabalho em um escritório com tantas demandas diferentes de projeto. A pesquisa é um instrumento constante do trabalho investigativo do arquiteto e de sua equipe, que aplica à sua prática os ensinamentos teóricos advindos de seu exercício acadêmico. Um exemplo disso foi sua tese de doutorado sobre o arquiteto alemão Franz Heep, com uma grande produção de edifícios paulistas nas décadas de 40 e 50, e que passou a ser uma influência nos estudos dos módulos habitacionais mínimos e suas condicionantes de conforto térmico e iluminação.

    O arquiteto ressalta a necessidade de uma visão empresarial na condução administrativa e financeira do escritório, que dá conta de demandas de vários projetos de grande escala ao mesmo tempo, como aeroportos e centros de inovação. Mas tal organização não é apropriada apenas ao cotidiano pragmático da empresa, mas também permite que o escritório se dedique a outros perfis de projeto que desempenham a função de manter o ambiente de produção numa atmosfera criativa, apesar das responsabilidades e prazos com os quais precisam lidar. Não é incomum a equipe participar de concursos de projeto em paralelo ao desenvolvimento e execução de projetos de grande infraestrutura, por exemplo. A colaboração com outros escritórios também é uma constante na metodologia de trabalho da equipe.

    Dificuldades fazem parte da trajetória de qualquer escritório, especialmente quando se busca inovação e reflexão sobre as formas de trabalho. Marcelo é bastante honesto neste sentido e aponta os obstáculos das mudanças na matriz tecnológica de desenho e a compatibilização necessária com as diferentes especialidades que compõe um projeto arquitetônico e urbano. Comenta ainda sobre as características generalistas da formação e da prática do arquiteto, o que demanda estudos específicos para tipologias mais particulares, fazendo do profissional um eterno aprendiz na arte de criar espaços.

    Link para matéria no ArchDaily

     




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