Arquicast 094 – Métricas Urbanas

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    O uso da tecnologia da informação para o planejamento das cidades não é algo propriamente novo. Mas nunca houve tantos recursos computacionais apoiando e informando os processos de concepção, desenho e gestão do ambiente urbano. A conversa da semana parte do entendimento da inevitabilidade da aplicação de tecnologias informacionais para a prática da arquitetura e do urbanismo. E traz como exemplo o desenvolvimento de um sistema de recomendação e suporte a processos de projeto urbano,desenvolvido por ocasião da tese de doutorado do arquiteto Fernando Lima, que é o nosso convidado.

    Para nós, uma oportunidade de entender melhor tais questões, exploradas mais profundamente no livro recém-lançado Métricas Urbanas: abordagens paramétricas no planejamento de bairros e cidades sustentáveis.

    A pesquisa realizada por Fernando centrou-se no desenvolvimento de instrumentos de suporte à tomada de decisão em projeto, a partir da associação de métricas de avaliação de desempenho a recursos computacionais. Ou seja, como a tecnologia pode apoiar o processo de projeto fornecendo simulações de configurações urbanas a partir da inserção de dados objetivamente quantificáveis. No caso do arquiteto, as simulações foram feitas a partir de dados fornecidos pelo DOT, que é a sigla para Desenvolvimento Orientado pelo Transporte.

    A aplicabilidade de recursos algoritmo-paramétricos não se restringe ao sistema de transporte. É possível customizar ferramentas para os mais variados propósitos, como métodos e modelos de planejamento urbano que se baseiem ou demandem parâmetros objetivos para avaliação de desempenho. Muito comum na arquitetura, essa metodologia de informar o processo de projeto é mais recente no que tange ao campo do urbanismo.

    O conceito de Smart City tem relação com a aproximação entre tecnologia da informação e comunicação (TIC) e planejamento urbano. A partir dos anos 90 é comum encontrar publicações sobre o tema, o qual aceita terminologias várias como, cidades inteligentes, cidades digitais, entre outras. Para além do marketing urbano associado ao conceito, o qual é apropriado politicamente por governos municipais na busca por maior competitividade no mercado das grandes cidades, fato é que há muitos pontos positivos a serem explorados para a melhoria das formas de gestão urbana no esforço de tornar as aglomerações urbanas mais justas e equilibradas.

    Tais ferramentas podem auxiliar decisões sobre políticas de uso e ocupação do solo, mobilidade, investimento em infraestrutura, déficit habitacional, capacidade de suporte dos sistemas naturais, entre outros elementos da dinâmica de funcionamento da cidade. São benvindos para facilitar a compilação de um grande número de dados complexos, organizando-os de forma a dar visibilidade à leitura do território e suas condicionantes objetivas.


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