Arquicast 164 – Livros Clássicos: Lições de Arquitetura

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    Este episódio retoma nossa série sobre livros clássicos da Arquitetura e do Urbanismo, trazendo uma obra que é referência quando falamos das diferentes dimensões envolvidas na relação entre espaços públicos e privados. Fazendo uso de exemplos de lugares e projetos reais e com uma linguagem gráfica e textual bastante acessível, a obra se tornou indispensável na educação de arquitetas e arquitetos, fazendo por merecer o título que tem. Estamos nos referindo ao aclamado Lições de Arquitetura, do arquiteto holandês Herman Hertzberger.

    Como convidado dessa agradável conversa, participa conosco novamente o arquiteto Klaus Chaves Alberto. Klaus é professor associado do curso de Arquitetura e Urbanismo e do Programa de Pós-graduação em Ambiente Construído da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF, além de Doutor em Urbanismo (PROURB-UFRJ) e PhD como Visiting Scholar na Graduate School of Architecture, Planning and Preservation (GSAPP), da Columbia University.

    Nascido em Amsterdã em 1932, Hertzberger conclui sua formação em Arquitetura pela Delft University of Technology, em 1958. E é nesta mesma escola onde irá atuar como professor até 1999. A carreira docente sempre acompanhou sua prática projetual em arquitetura e ambas demonstram uma sinergia impressionante, no que diz respeito aos preceitos que orientam sua visão sobre a profissão.

    Pertencente à geração influenciada diretamente pelos preceitos modernistas e sua característica abordagem funcionalista da arquitetura, Hertzberger sempre esteve mais interessado nas maneiras como as pessoas usam os espaços e em como os elementos arquitetônicos podem estimular as diferentes interações humanas. Mais do que um abrigo, ele vê a arquitetura como um agente ativo na dinâmica social e sua espacialização.

    A postura investigativa que aplica ao processo de projeto o levou a desenvolver estratégias espaciais que partem de conceitos como centralidade dos elementos de circulação, flexibilidade funcional e adaptabilidade formal à diferentes culturas e temporalidades. Temas que na contemporaneidade nos parecem familiar, mas que foram desenvolvidos exaustivamente por Hertzberger ao longo de décadas de atividade profissional, projetual e acadêmica.

    Dentre seus projetos mais conhecidos, os quais são objeto de análise em suas muitas publicações, podemos citar a Montessori School Delft (1966) e o Centraal Beheer Offices, em Apeldoorn (1972). Ambos os projetos partem da compreensão de unidades de convivência, agrupadas em diferentes arranjos que, quando articulados por elementos de circulação vertical e/ou horizontal, permitem a configuração de espacialidades de diferentes naturezas, como áreas de transição entre domínios público e privado. Lógica que facilita futuras adaptações de uso sem perda da identidade formal do conjunto.

    Estes e outros aspectos são explorados ao longo deste bate-papo imperdível! Até a próxima!


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