Arquicast 166 – Entrevista: Indio da Costa A.U.D.T.

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    Quando pensamos em escritório de arquitetura, nos vem à cabeça a elaboração e desenvolvimento de projetos de variada complexidade e escala, mas tradicionalmente associados ao espaço vivenciado. Seja este espaço para atividades habitacionais, comerciais, institucionais, dentre tantas outras que caracterizam nosso modo de vida urbano. Portanto, é natural o estranhamento ao nos depararmos com um portfólio contendo, ao mesmo tempo, residências, equipamentos náuticos, sistema de transporte público e eletro portáteis, tais como ventiladores de teto, purificadores de ar e espremedor de fruta.

    O que o escritório Indio da Costa A.U.D.T. nos ajuda a perceber é que não existe limite para mentes criativas focadas no desenvolvimento de soluções que aprimorem nossa relação com o espaço. Como o próprio nome do escritório denuncia, Arquitetura, Urbanismo, Design e Transporte são partes indissociáveis do universo de criação onde transitam os diferentes profissionais que compõe esta equipe. Neste episódio conversamos com o consagrado arquiteto carioca Luiz Eduardo Indio da Costa e com seu filho e sócio, o premiado designer Guto Indio da Costa.

    A trajetória de Indio da Costa é marcada por distintos momentos, entre o serviço público e a prática privada, entre a escala urbana e a residencial. Entretanto, desde sua formação, na década de 60, até os dias atuais, o arquiteto sempre permitiu que a ocasião guiasse seu caminho, sem traçar metas precisas sobre onde gostaria de chegar profissionalmente. Muito talento e paixão pelo que faz foram fundamentais para que pudesse conduzir a carreira com tranquilidade e sucesso incomuns. Mas, além disso, a inteligência de reconhecer oportunidades de trabalho e novos campos profissionais para serem explorados, estando muitas vezes no lugar certo e na hora certa.

    A parceria bem sucedida com Guto, associando as habilidades provenientes do design industrial e de produtos, permitiu que o escopo de atuação da equipe, em franca expansão desde sua estruturação inicial, se ampliasse significativamente, alterando, inclusive, as formas de projetar do escritório. Entretanto, a abordagem interdisciplinar que hoje caracteriza vários trabalhos do grupo não foi conquistada automaticamente.

    Demorou algum tempo, como Guto mesmo nos conta, para que os diferentes saberes – arquitetura, urbanismo, design e transporte – fossem de fato compreendidos de forma íntegra e aplicados holisticamente nos projetos. Parte da herança da modernidade é exatamente a compartimentação dos saberes em campos disciplinares excessivamente demarcados e uma consequente dificuldade em colocar em prática um saber fazer tangencial a diferentes áreas de conhecimento.

    Até a próxima!


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