Arquicast 177 – Entrevista Estúdio 41

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    Formado pelos arquitetos João Gabriel Rosa, Martin Kaufer Goic, Eron Costin, Emerson Vidigal, Fabio Henrique Faria, o Estúdio 41 possui um trabalho muito diversificado, tanto em escala quanto em programas. Essa característica foi conquistada ao longo de mais de 10 anos investidos na participação de concursos nacionais e internacionais de arquitetura, com presença marcante entre os finalistas e as menções honrosas, além das vitórias expressivas, como no edital para a reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz em 2013.

    Essa postura ativa dedicada ao risco e ao desafio também permitiu à equipe, nos últimos anos, contribuir na prática para o pensamento teórico que norteiam suas inquietações. Além da Estação Comandante Ferraz, a equipe também venceu o concurso para a sede da Fecomércio, Sesc e Senac do Rio Grande do Sul em 2011. Foi ali, segundo Eron, nosso entrevistado, depois de 7 anos de tentativas, a grande virada para a consolidação dessa estratégia de participação contínua em concursos, objetivando ampliar as possibilidades de trabalho em um mercado competitivo.

    Com sede em Curitiba, o Estúdio 41 acredita em uma influência natural do ambiente da cidade para as reflexões exercidas nos seus projetos, como indica o próprio texto de apresentação da equipe em seu site: “boas cidades são construídas também pelos seus bons edifícios, e bons edifícios são aqueles que estabelecem relações francas com os espaços públicos”.

    O escritório é conhecido por ganhar importantes concursos, mas essa história é não é constituída apenas de vitórias, muito pelo contrário, das quase 50 propostas desenvolvidas ao longo desses anos de formação do escritório, a equipe venceu “apenas” 8 delas, ou seja, 16% de taxa de sucesso. Isso mostra a resiliência do grupo e, acima de tudo, uma vontade de continuar aprendendo através dessa experiência, além de pragmaticamente proporcionar a ampliação do portifólio da empresa.

    Atualmente o Estúdio 41 está passando por uma nova fase, pois dos 8 projetos vencedores dos concursos, 6 deles tornaram-se contratos, ou seja, 75% dos concursos vencidos se desdobraram em contratações subsequentes, número que o arquiteto comemora diante de um cenário de incertezas nacional.

    Constituído por arquitetos de gerações distintas da UFPR (Universidade Federal do Paraná), entre 1997 e 2013, além dos diversos colaboradores que já passaram pelo escritório, é possível notar, no conjunto de suas obras, uma variação estética em seus projetos, evidenciando que a identidade de trabalho emerge não de uma filiação plástica, mas sim de um método de trabalho horizontal onde a opinião de cada projetista é importante e, no caso dos concursos, deve sempre passar pelo crivo de toda a equipe, produzindo uma arquitetura que consegue ser competitiva no cenário das disputas dos editais.

    Uma curiosidade: para a escolha de um concurso o escritório avalia não só a premiação, a complexidade dos temas e os prazos, mas também o perfil do júri para decidirem de devem participar ou não de determinada seleção.

    Além de compartilhar sobre a dinâmica de trabalho, Eron ainda traz uma importante reflexão sobre o projeto e a autoria, evidenciando as dificuldades e benefícios de trabalhar em grupo para o aprimoramento das ideias em projeto. Para ouvir toda a entrevista, basta acessar aqui. Até a próxima e bom cast!


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