Qual a mais antiga forma de representação física na arquitetura? Não resta dúvida que são as maquetes. No primeiro episódio do ano, o Arquicast conversa sobre esse tema ainda pouco explorado nas publicações e discussões sobre a formação de novos profissionais. Afinal, as maquetes estão presentes em quase todas os lugares, nas exposições de arquitetura, muitas vezes feitas exclusivamente para elas, nos museus, como parte da exposição, e nos escritórios de arquitetura, na maioria das vezes finalizada para o grande dia da apresentação.
Esses são alguns exemplos das maquetes no mundo da arquitetura e urbanismo, no entanto, o que todo profissional gosta de ver mesmo são aquelas maquetes desenvolvidas ao longo do processo, ou melhor, aquelas maquetes que revelam a evolução de uma ideia, como os casos do escritório Bjarke Ingels e Frank Ghery, talvez os mais conhecidos de uma nova geração.
Participam do episódio duas professoras especialistas na área, Aline Calazans e Aline Pimenta, ambas com experiência em sala e aula e no mercado profissional. Um grande consenso prevalece quando o assunto é a representação física da arquitetura: a necessidade de planejamento e muita paciência, além da consciência corporal. Pode parecer estranho, mas lidar com materiais de diferentes características e propriedades é como lidar com diferentes materiais da construção, sendo necessário planejamento e verificação das compatibilidades entre eles, assim como trabalhar com bastante cuidado para não se ferir.
Outro aspecto comentado diz respeito à paciência necessária para realizar os cortes, as medições e as conferências, assim como planejar a montagem final e o transporte das peças. Talvez sejam essas preocupações que colocam a maquete física como um importante produto dentro do processo de projeto, em especial, quando se faz necessária a exposição para o público leigo, como por exemplo os empreendimentos imobiliários.
As maquetes físicas ainda são um meio importante para auxílio no projeto, por isso ainda sobrevivem como um recurso importante, mesmo com o advento dos processos digitais de representação. Elas ainda são úteis nas testagens de resistência, pontos de pressão, entre outros, nos ensaios em túneis de vento. Renzo Piano foi outro arquiteto lembrado na conversa, dado às maquetes físicas associadas às seções em projetos executivos, quase como quadros expositivos.
Se você se interessa pelo assunto e quiser saber mais sobre essa discussão, não deixe de ouvir o episódio e participar nos comentários.
Bom divertimento!
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